Não
faz muito tempo estava conversando com a Bia sobre esse assunto, que
estou mais seletiva no quesito amizades. Penso que as amizades têm que
ser verdadeiras e não por convívio social/profissional (aqueles que
só são seu amigo quando você têm uma vida profissional ativa, ou porque
você faz viagens para lugares exóticos, ou frequenta restaurantes
chiques).
Se Deus quiser
daqui uns 5 anos estarei aposentada, querendo curtir a vida de uma
forma simples mas intensa, e quero ter amizades verdadeiras, nem que o
preço disso seja só ter três amigos.
Talvez
esse meu pensamento seja devido a prática de Yoga, pois aprendi que
podemos sim ser feliz com muito pouco, o importante é estar bem
espiritualmente.
via |
Reflita porque algumas pessoas ficam mais seletivas com a maturidade
Aos
que já se aproximam dos 30 anos e, mais ainda, aos que já passaram
dessa idade, é fácil adivinhar a já conhecida constatação que os
"verdadeiros amigos", os "amigos do peito", foram aqueles feitos nos
anos de colégio e faculdade. Mas por que será que isso acontece? Ou
melhor, por que algumas pessoas têm essa impressão?
Bem, primeiro vamos entender e chegar ao consenso do que significa amizade. Um dos significados da palavra amigo vem de animi (alma) e custos
(custódia), um belíssimo sentido: o guardião da alma, aquele que guarda
ou custodia a alma do outro. É uma responsabilidade altíssima,
considerando que a nossa alma é o que nos sustenta. Já a partir dessa
"ponta do iceberg" podemos deduzir uma primeira dica do porquê de nos tornarmos tão seletivos quanto a esse guardião com o passar dos anos.
O significado de uma amizade verdadeira
Aprofundando
mais, lembremos que a amizade verdadeira, para o filósofo Nietzsche,
compreende dois aspectos: a liberdade do espírito e a partilha da
alegria. Ser livre de espírito é aceitar que o outro e você mesmo sejam
quem realmente são. "Ser o que se é" demanda coragem, não é qualquer um
que aceita a verdade do outro, ou que consegue ignorar as exigências
sociais para vivenciar a sua verdade.
A cada encontro com um amigo surge uma nova possibilidade de transformação, única e inesquecível."A cada encontro com um amigo surge uma nova possibilidade de transformação, única e inesquecível."
Na
presença de um amigo podemos soltar o "cinto de segurança", nossa alma
sorri, falamos o que nos vem à cabeça e ao coração, agimos com
naturalidade, nos mostramos mais e assim expandimos a nós mesmos. Mas,
na vida adulta, estamos realmente abertos? Não estaremos demasiadamente
confortáveis no nosso posto de "pessoa amadurecida"?
"Partilhar
alegria" é compartilhar, num espaço comum, a satisfação de estar com o
outro e consigo mesmo. Por isso, para sentir a amizade verdadeira é
muito importante conhecer a si mesmo e respeitar a individualidade do
outro. Só assim chega-se a suportar as diferenças e ficar feliz com as
inúmeras possibilidades dessa relação. Talvez aí vejamos a segunda dica
do porquê é difícil fazer novas amizades na vida adulta.
Maturidade combina com novos amigos?
Detenho-me
agora nessa segunda dica. Como já é notório para muita gente, próximos
dos 30 anos e mais amadurecidos, somos mais exigentes quanto a se abrir
para uma nova amizade. Geralmente achamos que essa relação precisaria
cumprir critérios demais, pois não estamos mais dispostos a passar por
cima de certas "diferenças" tão óbvias daquilo que desejamos encontrar
no outro, a nos arriscar a viver mais mudanças e muito menos expor nosso
íntimo para alguém novo. O que queremos é estabilidade.
Além
do que se passa dentro de nós, existem, é claro, as condições externas.
Durante as primeiras duas décadas das nossas vidas, os amigos vinham
até nós de maneira mais constante, dentro de três circunstâncias que vêm
sendo listadas pelos sociólogos desde a década de 50: proximidade;
interações repetidas e não planejadas; e um cenário que encoraja as
pessoas a baixar sua guarda e confiar uns nos outros, é o que diz
Rebecca Adams, professora de sociologia e gerontologia da University of
North Carolina.
Como
veem, além dos critérios de personalidade para estabelecer uma amizade,
existem outros mais práticos: a pessoa mora perto de você ou é
acessível? Dá trabalho encontrá-la num fim de semana ou numa hora de dor
de cotovelo? O amigo tem o mesmo status de relacionamento e de trabalho
que o seu? Possui família, filhos? Certamente não nos preocupávamos
muito com essas questões durante a formação dos primeiros vínculos de
amizade - como na escola e na faculdade - pois estávamos abertos a
conhecer e experimentar tudo (ou quase tudo) que a vida nos oferecia.
Querem
agora uma dica sobre como lidar da melhor maneira com essas
circunstâncias? A amizade requer estar disponível para o encontro, sem
precisar de uma disponibilidade incondicional. Mas, sim, é preciso um
encontro livre, um encontro de respeito e, mais importante, ter
necessidade da companhia do outro. No bom encontro, os aspectos
criativos do ser se estruturam, dando mais vida a você mesmo. Abra-se
para esta experiência, mesmo depois dos 30, mas também por toda a sua
vida.
Desejo ter amigos para realizarmos juntos coisas simples, que nós proporcione um bem estar e muita felicidade.
“Os amigos verdadeiros nunca exigem e estão sempre a se doar.”
Alvaro Granha Loregian
Bjs *.*
Muita verdade neste texto ! As pessoas têm cada vez mais requisitos...será que é um avanço ou recuo ?
ResponderExcluirBjk
Anna
Lindo texto e cheio de verdade.
ResponderExcluirPra mim não adianta nada ter uma casa cheia na hora do oba, oba e festa. Quero ter a certeza de ter alguém pra estar perto nas horas tristes também e é NESSA hora que os verdadeiros amigos se mostram. beijos,chica
Olá, gostei muito das suas reflexões sobre amizade e vou pegar várias das suas sugestões para eliminar a energia negativa. Tô precisando!!!! E obrigado pela visita, eu adoro este carinho.
ResponderExcluirRosangela lo que usted dice es la pura verdad , yo tengo una hermana con 35 años y le cuesta mucho hacer amigos, muy buen post
ResponderExcluirBom dia Rô.
ResponderExcluirMuito bacana o seu texto.
Depois dos trinta e uma separação tive que me reinventar.
Não é fácil mas é possível. Fiz novos amigos depois dos cinquenta e quero levá-los para vida tooooda.
Obrigada pela visita no meu cantinho.
Beijo
Oi Rô!
ResponderExcluirEntendo o seu texto e concordo Quénia maioria das vezes é assim. Mas, vez enquanto a vida prepara suas surpresas e torna possível conhecer um amigo, daqueles grandes e verdadeiros mesmo depois dos 30, dos 50...
Acredito que uma amizade possa acontecer na vida da gente em qualquer fase da vida, até mesmo depois de uma mudança de lugar, país...
A gente nunca sabe das coisas preparadas pra gente.
Mas voltando ao seu texto, eu entendi o que você escreveu, sim.
Realmente, na grande maioria, aqueles amigos marcaram e a amizade ficou.
Beijos
Selma
Amigos são os verdadeiros tesouros dessa vida!
ResponderExcluirBeijocas
Achei esse texto tao interessante, a gente ta sempre tentando adequar os outros as nossas necessidades e amizades alias acho que relacionamentos em geral nao funcionam desse jeito.
ResponderExcluirBeijinhos